Wednesday, June 13, 2007

P.U.C.

memories...

"...baldear o oceano, c'oa minha mão, ...procurei uma saída, o amor não tem..."

[primeiro uma notinha contemporânea: caráio tio! tudo parece saído de um seriadinho americano de quinta tipo valley girls da cuias qualquer, mezzo miami pats, mezzo beverly hills silly blondies, ...divertido se observado com certa isenção (tipoassim: sei lá, com uma "visão de turista curioso" ...ou bem alienígena!) ...uótemo!!! AHAHAHAHAH]

...sem nenhuma obrigação cronológica da memória... lembro daquele professor italiano de semiótica que ficava contando causos cotidianos, tipo: uma mulher brigando no ônibus porque o motorista não parou no ponto que ela deveria descer, ou sobre o sabor de um prato servido em alguma ocasião banal mas... especialíssima pra ele... e ele, um capítulo à parte, totalmente visceral, emotivo e emocionante, MESMO!!! (detalhe mais marcante: ele chorava de soluçar descontrolado por alguns instantes, pelo menos uma vez por aula, em algum momento culminante de alguma das narrativas!!!) suas aulas eram concorridíssimas, não pelos avanços extraordinários no campo dos estudos e da compreensão das semioses e dos processos semióticos que ele potencialmente poderia promover (aliás nas tantas e tantas aulas e aulas e mais aulas que assisti, ele nunca nem mesmo falou a palavra semiose heheheheh) mas principalmente pelo caráter pitoresco que imperava naquelas narrativas do "velhinho-semi-aposentado" de cabelos brancos... não completamente brancos já que tinham um toque amarelo nicotina dos milhares de cigarros que vi ele fumando (ininterruptamente!!!!) e aquela montanha de cinzas e bitucas que ia se formanto aos pés dele de sua mesa e da cadeira, woooow ...that was awesome!!!!! ...lembro também de uma D.R. Amorosa matinal mega power com minha amada querida, tão deliciosamente entre tapas (metafóricos) e beijos (bem reais!!!) num tênue limite, praticamente deslizando sobre o gume afiado de uma lâmina entre o fim de um começo de algo novo e desconhecido e o começo de um fim de algo velho e bem sabido, sei lá, algo que era pra ser uma merda de situação, mas que por mais que direcionássemos para a possibilidade de considerar que tudo estava acabado ou acabando, mais percebíamos era o enorme tamanho desse nosso amor tão lindo... e víamos (sentiamos) bem o quanto a gente não-conseguia-não-se-querer e nem mesmo se desrespeitar, por mais que algumas pequenas raivinhas "descontroladas" nos fizesse produzir algumas alfinetadas (mas mesmo essas sempre pareceram mais despertantes de amor que de qualquer outra coisa) enfim, uma delícia de D.R. permeada de carinho e carícias e que acaba em beijos e passa por declarações de amor, ...e lembro dela falando, em delicado tom de reclamação, da incompletude prejudicial daquela massagem que eu havia iniciado cinco minutos antes e que interrrompi reclamando, também eu, do excesso de roupas e panos entre as peles ...ui que lindo!!! hehehe ...lembro também do chatérrimo professor bahiano (mas vejam bem, ele não era chato por ser bahiano, é que além de muuuito chato, era uumm chaaaatooo arrassstaaaado mei bahiaaano móoolee... mas sem nenhum charme... um porre!!! um pé no saco!!! noossaaaa! e, no boteco, eu me perguntava: como as pessoas podem voltar pra aquela sala depois do intervalo??? bem, a razão era que ele só passava a lista no final! grrrrrhumpf!!!!!) ...e ele ficava lendo a sua incrível tese (acho que era) de doutorado (sobre algum tema que até podia ser interessante mas não daquele) ...aquele modo monocórdio, momocromático, monorobótico, monossódico, monochático, pénosculhóticos... até o dia em que me dei ao direito de questioná-lo: "meu caro, porque vc não faz umas cópias, distribui, a gente lê, e depois discutimos juntos, faz-se algum seminário, algum trabalho, sei lá... mas vc não parece satisfeito de estar aqui nessa posição, né? ...você não parece alguém que gosta de dar aulas, de ensinar, etc, etc, etc, ...tá na cara que essa não é a sua praia, né?" ...e de fato ele tava só cumprindo uma tabela de atividades obrigatórias pra atingir algum tipo de pontuação necessária para na qualificação para a sua tese, tipo: xis horas de aula... tick! ...e por fim, somando-se às reclamações que choveram na reitoria sobre (e sem respeito algum! hehehe) aquele absurdo a que todos estavam sendo obrigados, ...o sujeito, assim que completou as tais xis horas de aula, foi-se embora, sem deixar saudade alguma! AHAHAHAHA... lembro também das milhares de vezes que ia pra puc pegar àquela mina que eu tanto amava e, eu sempre parava o carro naquelas "vagas mega especiais" (bem na porta da entrada principal) que aqueles ladrões guardadores "oficiais" de carro, que cobravam uma fortuna pra gente parar nas vagas gratuitas disponibilizadas pela c.e.t. em toda a volta da puc... bem, na verdade acabei ficando "broder-dos-mano" chagava bem na hora que ela ia sair mesmo e ocupava "de grátis" (e afinal só) por poucos minutos as tais vagas especiais, ...lembro ainda de quando eu chegava muito cedo pra buscá-la e ficava matando o tempo no pátio da cruz, fazendo mil paralelos visuais com os patios dos manicômios que já freqüentei e, dos das histórias do arthur bispo do rosário na colonia f. juliano no rio e, com o da instituição onde ficou o van gogh em saint remy (arles? hospital saint paul? ...e eu lá lembro onde era aquilo? enfim, um pico onde ele ficou... humm abrigado (?) ou internado (?) sei lá, não lembro, mas lembro que ele retratou lindamente e que me lembro ser algo muito parecido com o pátio da cruz da puc... lembro ainda: ...daquele teste de Q.I. que causou tanto, ...dos muitos livros que comprei daquele mano no corredor, ...de como o caixa eletrônico nunca funcionava, ...daquele café da manhã tão cheio de amor, ...dos seus lábios, ...e do seu olhar, das frustradas tentativas de racionalizar algo lógico pra fugir da óbvia atração, ...do tanto de amor envolvido, ...seu olhar...

"um olhar, uma luz... ou um par de pérolas, ...mesmo sendo azuis... (...) ...uma boca que eu sei, não porque me fala lindo, e sim, beija bem... tudo é viável pra quem faz com prazer... sedução..."

...e porque isso tudo? ...por ter passado hoje (agora ontem, mais agora, será que já foi antes de ontem? omg! cadê a terça feira? quando será amanhã? e o futuro? virá? ...e que então o amanhã seja agora, e que o agora seja sempre, ahahahahah que coisa doida!!!) essa deliciosa e inesquecível manhã na puc...

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