Monday, November 06, 2006

yeah william, that IS the question!


...e toda a diferença

"...to be or not to be..."





























"...o que não é o que não pode ser que não é..." (a.a.)



























...um 'causinho' em estilo narrativo verborrágico estimulado pelas tantas palavras tão truncadas lançadas no ar à minha volta:

fotos

obs.: (as fotografias da primeira parte são para ilustrar a memória da frase que me veio agora à cabeça e que é do english-drama-man, o nelson rodrigues deles ou do blake ou de outro grande escritor sob um pseudônimo, como já vi sugerido em algum lugar, enfim, sobre algo ser ou não ser algo... e as da segunda parte são para ilustrar o meu interesse pelas palavras e pelos acasos e tudo mais que essas duas coisas juntas podem causar, ao menos, em minha cabeça, e essas coincidências de imagens e palavras, que se 'ajuntam' de repente diante dos meus olhos, se materializando em outros possíveis e novos significados, que verdadeiramente me encantam tanto! ...ao final do 'causo', se eu me lembrar, volto a falar das fotografias e da coleção de palavras que venho fazendo ao longo da vida... se é que eu ainda vou me lembrar pois já quase 'se esqueci' do que que eu queria falar, ...e era o que mesmo? o que eu tô fazendo aqui? putz, uma hora atrás esse post tava enxutinho e mega eficiente pra dizer o que eu queria mas, ...o que era mesmo? ...e eu lá quero dizer alguma coisa? ...eu quero mais é viver!!! ahahahaha!)

imagens, palavras, fatos & signos...

...não tenho (de fato) nem mesmo um diploma de primário e, sou portanto "legalmente" analfabeto... além disso agora adoto para mim o título que um grande amigo se deu logo após enfurnar-se num quartinho dos fundos por um bom período, sofrendo as agruras de quem se aventura nesse exercício de grande concentração, de muita pesquisa e da busca por informações para compor uma dissertação sobre um tema e, passar pelo processo de julgamento (pré-qualificação, qualificação, consultas ao orientador ou, como ouvi, des-orientador, ou não, etc... enfim, diversos tipos de auxílio, avaliação e juízo) de uma bancada de acadêmicos eruditos, até obter o título de "mestre em filosofia" (é notável também a pressão que sofre um mestrando dentro de sua própria casa, exercida pela própria família ao exigir, claro que com todo o direito, um pouco mais de sua atenção!)... mas o título a que me refiro não é o de mestre (embora alguns amigos já há algum tempo venham indevidamente me chamando assim hehehe), não é esse, e de modo algum eu me atreveria a isso, falo do título de "ignorante convicto" que achei maravilhoso e que combina bem com um outro que me dei, ainda que sem divulgar, que é o de: "diletante profissional". ...e nesse meu diletantismo, me dou o direito de errar à vontade nas mais diversas áreas, ainda mais quando o posso associar aos outros tantos títulos que me dei: "artista genérico" e "especialista em variedades" por exemplo. ...mas, voltando ao 'causo', sou um "analfabeto" que gosta muito de ler, sempre gostei, ...ainda ontem numa tarde e noite com uma pessoa muuuuito querida (aliás, ai ai ai, agora já acho um saco que as pessoas se preocupem tanto em saber sobre com quem e em que condições e circunstâncias tal pessoa estava com qual outra e fazendo o quê... o quêêê??? ...quero que vão à merda todos os desocupados que tendo o tédio como elemento participante da própria vida ficam se ocupando em saber e julgar a vida dos outros, vade retro que eu tenho mais o que fazer!!! afff!!!) e, falamos de nossas primeiras leituras, dos livros do monteiro lobato, e do prazer da leitura e... pronto, já peguei o desvio denovo! ...o que quero dizer é que sou um analfabeto muito interessado nas possibilidades significativas das palavras, na variedade e na incongruência possível na interpretação do que se lê, ...nas entrelinhas, nas armações e armadilhas possíveis de se engendrar com o uso inteligente ou estúpido, poético ou aleatório, devido ou indiscriminado das palavras... (aah! vamos a um intermezzo exemplar!) uma frase como: "...desde ontem, agora há meu DNA no chão daquele lugar!" ...essa frase simples pode suscitar algumas (milhões?) de interpretações dependendo apenas da capacidade imaginativa e do repertório individual e social de cada leitor, ...experimente por si imaginar um significado para essa frase... e embora ela se refira a um fato concreto ocorrido naquele lugar, naquele ontem e, ainda que só para quem participou fato, a frase seja absolutamente clara e específicamente relacionada ao evento, ninguém mais pode ter certeza do seu verdadeiro significado, mesmo! (aaah, e se o leitor tem implicações emocionais com a origem das palavras as coisas podem se complicar ainda mais!!!) ('dekapoko' eu falo do que se trata! mas vamos seguir na imaginação!) ...e ainda poderia completar, confundindo ou direcionando ainda mais a imaginação do leitor com palavras e frases ainda mais indefinidas ou ambíguas, assim: "...e depois aquele cheiro ficando impregnado no ar, nos deixava tontos, carinho e atenção, tudo concentrado nas mãos!" ...aí fudeu! carinho, cheiro, mãos?! ...e poderia completar com uma aparência "mais poética" assim: "...e como conseqüência dessa noite, uma linda rosa vai nascer!" ...pois é, ...lindo né? mas dito assim, mesmo tudo sendo verdade, só significa a 'verdadeira verdade' para nós que estávamos lá, que vivemos aquele momento e, mais que isso, vivenciamos pela experiência aquele presente, aqueles momentos que, como todos os outros, são únicos, mas as frases se referem àquele ontem, dia 05 de novembro de 2006, de tal até tal hora, e que só com as frases acima ganham outras cores e significados, deixando o leitor sem saber que se trata da descrição de um pequeno acidente de trabalho, ...uma burrice, um descuido, um dedo furado com uma chave de fenda, um pouco de sangue no chão, uma preocupação, um cuidado, um pouco de álcool, um curativo e, uma rosa desenhada no chão de um atelier, desenho preparatório para uma pintura. ...e nem falei em palpitações ou em corações disparados como poderia falar para encher diversas orelhas de pulgas por trás, mas sabemos o tamanho da viagem que a literatura tem o poder de proporcionar sem deixar de ser "apenas" o que é: LI.TER.ATURA! ...ok? ;) ...e o ignorante convicto legalmente analfabeto aqui, anda de saco cheio desse negócio de palavras lançadas e de jogos emocionais, mesmo! literalmente, "se é que você me entende"...

"...let's face it through the hardest way, let's live it!" (y.z. in a speach in 1978)

...assim termino dizendo outra vez, mas de outro modo, o que já disse ali embaixo:

"FALAR É FÁCIL, DIFÍCIL É VIVER!"

(...)

2 Comments:

At 07 November, 2006 01:37 , Anonymous Anonymous said...

Meu analfabeto preferido,

Quisera eu que o presidente do meu país fosse analfabeto como você.
Quisera eu que doutores saíssem da universidade analfabetos como você.

Mas o mundo é tão cheio de misunderstanding, que você não é presidente ou doutor. Not fair.

O problema com as palavras, na minha quase nalfabeta opinião, é que elas servem para esclarecer ou confundir na mesma intensidade, com a mesma frase. Não é uma questão de pontuação, mas dos olhos de quem vê. Pois não dizem por aí que a bíblia dá margem a muitas interpretações? Veja só que surpresa! Eu só consigo ler a bíblia de uma forma. Mas tem o padre, o pastor, a carola, o fanático. Cada um conta uma história diferente...todas vindas da mesma letrinha.

Assim são os olhos humanos.

(mas eu vou ser curiosa sim, e vc sabe que não tenho o tédio como participante da vida, muito pelo contrário, thanks god, ufa!)

Muita saudade de você, seu anarfa!

Beijo

 
At 07 November, 2006 14:49 , Anonymous Anonymous said...

a gente acredita no que quer acreditar, marcos.

 

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