a natureza do amor
(n)o amor da natureza
...e esse "assunto" (tão gostoso como ato ou vivência) quando "vira" assunto, se mistura à filosofia e chega, esbarra ou se aproxima de algumas "definições"... a coisa se complica e dá muito pano pra manga!
...esse deveria ser o tema mais caro e importante na e da vida de todo ser humano (embora infelizmente não seja) em suas relações consigo próprio, com os outros e com o mundo à sua volta em sua complexa pluralidade e totalidade!!!
já quase que por um hábito, penso e escrevo muito sobre esse "tema" mas... sobretudo vivencio na prática mesmo esse, hmmm... "estranho objeto de estudo" ...mas enfim, como você mesma disse: "experimentar é mais fácil do que tentar entender" e, claro, concordo completamente com você! ...no entanto, como em outras coisas (na arte e na motivação para o fazer artístico por exemplo) a enorme curiosidade humana e esse impulso louco de querer entender, decifrar ou descobrir algum tipo de "mecanismo metafísico" por trás de sentimentos, pensamentos, atitudes, decisões, abstrações, (e outras tantas singularidades tão subjetivas) nos levou e leva aos estudos de filosofia, psicologia, psiquiatria, neurologia, ocultismo, misticismo, etc, etc, etc...
o ponto é o seguinte: como atribuir um sentimento [tão perceptível em nós próprios e, de uma forma aparentemente um tanto mais intuitiva, em outros seres vivos, pois acredito que os outros seres (de certa forma, até mais que nós) também amem, se amem e que tenham amor a tudo, à natureza, às coisas e, em especial, aos semelhantes.] diretamente à natureza ou ao universo "em si"??? me parece um tanto arriscado, e talvez quase ingenuamente humilde. ok, calma, me explico... acho que somos nós (seres viventes) o que faz a diferença... no mundo, na natureza, no universo, somos o que carrega de significado, o que dá sentido, e o que faz com que exista o amor, essa tal(vez) energia, fluido ou o que quer que isso venha a ser. (uh, vamos às frases de efeito! heheheh) não há sentimentalismo na natureza, ou mesmo qualquer sentimento! e muito menos qualquer consciência! ...assim, a natureza nem sabe que é bela! (bom, volto a esse ponto mais tarde) ...não sou propriamente poeta ou literato mas me lembrei de um que disse algo que por caminhos distantes do que há neste texto definiu bem melhor e mais sucintamente tudo que tento dizer aqui... assim:
(d)o amor na natureza
vênus, o planeta, apesar de homônimo da deusa do amor, e apesar de ser parte da natureza e do universo, é um lugar inóspito ...completamente hostil ao que chamamos e conhecemos por vida, de qualquer tipo, mesmo que apenas imaginável, olha só... a temperatura média é de um pouco mais que 730 graus celsius, o ar é basicamente dióxido de carbono (+ou- 96%) e dos 4% restantes só 0,002% são vapor de água e, tem ainda argônio, neônio, dióxido de enxofre, hélio, azoto, sulfetos disso e daquilo e ácido clorídrico e fluorídrico... há muito movimento tectônico e como resultado temos terremotos (venumotos? hehehe) e erupções vulcânicas muuuito freqüentes... não dá nem pra gente mandar uma sonda pra tirar umas fotos lá da superfície já que o terreno é muito instável e a temperatura do ar e as chuvinhas de ácidos não deixariam a nave durar tempo suficiente pra enviar as fotos... pois bem, existe algo de amor nesse lugar? ...a resposta é não, óbvio que não! ...exceto o "amor da natureza pelos seus acasos" ou "o amor da matemática por si própria" e por ver suas equações naturais desenrolarem-se tão livres e completamente desencanadas de nossa enorme insignificância humana diante de sua grandeza... "tipo assim": se a gente (humanos ou qualquer outro ser vivo e capaz de amar) nunca tivesse existido, ou deixasse de existir por qualquer causa, natural (ex.: colisão com algum meteoro) ou provocada (ex.: uma guerra atômica), a relação entre o perímetro da circunferência do "equador" de vênus e seu diâmetro, continuaria inevitávelmente a ser 3,141592... ...e não há nada que possamos fazer quanto a isso ahahahah NADA mesmo!
assim... esse "amor" da natureza ou da matemática é, na verdade, um amor inventado por nós, capazes de pensar, imaginar, projetar e atribuir poética e metaforicamente sentimentos (humanos acima de tudo) às coisas e objetos existentes na natureza e, à própria natureza. ...a beleza e perfeição de um cristal por exemplo, se deve à tendência natural à geometrização harmônica que está bem presente em todo o universo, e nós, especialmente os mais sensíveis e atentos, mas mesmo se desatentos e/ou "insensíveis", podemos perceber, pressentir ou reparar na beleza maravilhosa dessa harmonia e, nós é que atribuimos alguma significação para essa harmonia, emprestando-lhe sentidos metafísicos, cósmicos, telúricos, divinos, sei lá o que mais... mas com uma tendência ao descrédito pelo acaso matemático, pois é tudo tão fantasticamente perfeito que não conseguimos aceitar como "obra-de-ninguém" ou como apenas um acaso sem propósito! "...não pode ser só isso!" é o pensamento subseqüente mais normal, e sempre imaginamos alguma razão superior que justifique tamanha perfeição... como se algum ser celestial estivesse decidindo esta ou aquela forma para este ou aquele animal, cristal ou evento... mas aí chegamos a um paradoxo realmente divino...
...oh lord!!!
se houvesse tal ser suficientemente "desocupado" pra "perder" seu tempo (mesmo que esse tempo seja o da eternidade) e tão super-poderoso e onipresente capaz de decidir e criar voluntáriamente cada detalhe de cada coisa de cada momento no universo... bem, fora eu esse ser, sinceramente, antes de qualquer outra coisa, criaria uma pessoa maravilhosa para ter ao meu lado, talvez me lembrasse de criar um lugar maravilhoso para vivermos, por certo nos dotaria de um sentimento ainda mais maravilhoso... mas tão maravilhoso, que nos faria esquecer de todo o resto do universo, com seus possíveis cristais harmônicos e belezas matemáticas para as quais, afinal, não daríamos nem a menor importância pois estaríamos muuuito ocupados fazendo o que deve ser feito entre pessoas dotadas desse sentimento...
...e, se me lembrasse de ter que lhe atribuir algum nome... talvez escolhesse chamá-lo de amor...
...esse deveria ser o tema mais caro e importante na e da vida de todo ser humano (embora infelizmente não seja) em suas relações consigo próprio, com os outros e com o mundo à sua volta em sua complexa pluralidade e totalidade!!!
já quase que por um hábito, penso e escrevo muito sobre esse "tema" mas... sobretudo vivencio na prática mesmo esse, hmmm... "estranho objeto de estudo" ...mas enfim, como você mesma disse: "experimentar é mais fácil do que tentar entender" e, claro, concordo completamente com você! ...no entanto, como em outras coisas (na arte e na motivação para o fazer artístico por exemplo) a enorme curiosidade humana e esse impulso louco de querer entender, decifrar ou descobrir algum tipo de "mecanismo metafísico" por trás de sentimentos, pensamentos, atitudes, decisões, abstrações, (e outras tantas singularidades tão subjetivas) nos levou e leva aos estudos de filosofia, psicologia, psiquiatria, neurologia, ocultismo, misticismo, etc, etc, etc...
o ponto é o seguinte: como atribuir um sentimento [tão perceptível em nós próprios e, de uma forma aparentemente um tanto mais intuitiva, em outros seres vivos, pois acredito que os outros seres (de certa forma, até mais que nós) também amem, se amem e que tenham amor a tudo, à natureza, às coisas e, em especial, aos semelhantes.] diretamente à natureza ou ao universo "em si"??? me parece um tanto arriscado, e talvez quase ingenuamente humilde. ok, calma, me explico... acho que somos nós (seres viventes) o que faz a diferença... no mundo, na natureza, no universo, somos o que carrega de significado, o que dá sentido, e o que faz com que exista o amor, essa tal(vez) energia, fluido ou o que quer que isso venha a ser. (uh, vamos às frases de efeito! heheheh) não há sentimentalismo na natureza, ou mesmo qualquer sentimento! e muito menos qualquer consciência! ...assim, a natureza nem sabe que é bela! (bom, volto a esse ponto mais tarde) ...não sou propriamente poeta ou literato mas me lembrei de um que disse algo que por caminhos distantes do que há neste texto definiu bem melhor e mais sucintamente tudo que tento dizer aqui... assim:
"Estrelas
Para mim
Para mim
Estrelas
São para mim
Estrelas para mim
Estrelas
Estrelas
Para quê?
Para quê?
Para quê?
Estrelas para mim
Só para mim
Para mim
Para mim
Para mim
E a treva entre as estrelas
Só para mim"
(d)o amor na natureza
vênus, o planeta, apesar de homônimo da deusa do amor, e apesar de ser parte da natureza e do universo, é um lugar inóspito ...completamente hostil ao que chamamos e conhecemos por vida, de qualquer tipo, mesmo que apenas imaginável, olha só... a temperatura média é de um pouco mais que 730 graus celsius, o ar é basicamente dióxido de carbono (+ou- 96%) e dos 4% restantes só 0,002% são vapor de água e, tem ainda argônio, neônio, dióxido de enxofre, hélio, azoto, sulfetos disso e daquilo e ácido clorídrico e fluorídrico... há muito movimento tectônico e como resultado temos terremotos (venumotos? hehehe) e erupções vulcânicas muuuito freqüentes... não dá nem pra gente mandar uma sonda pra tirar umas fotos lá da superfície já que o terreno é muito instável e a temperatura do ar e as chuvinhas de ácidos não deixariam a nave durar tempo suficiente pra enviar as fotos... pois bem, existe algo de amor nesse lugar? ...a resposta é não, óbvio que não! ...exceto o "amor da natureza pelos seus acasos" ou "o amor da matemática por si própria" e por ver suas equações naturais desenrolarem-se tão livres e completamente desencanadas de nossa enorme insignificância humana diante de sua grandeza... "tipo assim": se a gente (humanos ou qualquer outro ser vivo e capaz de amar) nunca tivesse existido, ou deixasse de existir por qualquer causa, natural (ex.: colisão com algum meteoro) ou provocada (ex.: uma guerra atômica), a relação entre o perímetro da circunferência do "equador" de vênus e seu diâmetro, continuaria inevitávelmente a ser 3,141592... ...e não há nada que possamos fazer quanto a isso ahahahah NADA mesmo!
assim... esse "amor" da natureza ou da matemática é, na verdade, um amor inventado por nós, capazes de pensar, imaginar, projetar e atribuir poética e metaforicamente sentimentos (humanos acima de tudo) às coisas e objetos existentes na natureza e, à própria natureza. ...a beleza e perfeição de um cristal por exemplo, se deve à tendência natural à geometrização harmônica que está bem presente em todo o universo, e nós, especialmente os mais sensíveis e atentos, mas mesmo se desatentos e/ou "insensíveis", podemos perceber, pressentir ou reparar na beleza maravilhosa dessa harmonia e, nós é que atribuimos alguma significação para essa harmonia, emprestando-lhe sentidos metafísicos, cósmicos, telúricos, divinos, sei lá o que mais... mas com uma tendência ao descrédito pelo acaso matemático, pois é tudo tão fantasticamente perfeito que não conseguimos aceitar como "obra-de-ninguém" ou como apenas um acaso sem propósito! "...não pode ser só isso!" é o pensamento subseqüente mais normal, e sempre imaginamos alguma razão superior que justifique tamanha perfeição... como se algum ser celestial estivesse decidindo esta ou aquela forma para este ou aquele animal, cristal ou evento... mas aí chegamos a um paradoxo realmente divino...
...oh lord!!!
se houvesse tal ser suficientemente "desocupado" pra "perder" seu tempo (mesmo que esse tempo seja o da eternidade) e tão super-poderoso e onipresente capaz de decidir e criar voluntáriamente cada detalhe de cada coisa de cada momento no universo... bem, fora eu esse ser, sinceramente, antes de qualquer outra coisa, criaria uma pessoa maravilhosa para ter ao meu lado, talvez me lembrasse de criar um lugar maravilhoso para vivermos, por certo nos dotaria de um sentimento ainda mais maravilhoso... mas tão maravilhoso, que nos faria esquecer de todo o resto do universo, com seus possíveis cristais harmônicos e belezas matemáticas para as quais, afinal, não daríamos nem a menor importância pois estaríamos muuuito ocupados fazendo o que deve ser feito entre pessoas dotadas desse sentimento...
...e, se me lembrasse de ter que lhe atribuir algum nome... talvez escolhesse chamá-lo de amor...
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